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PSDB: ainda não se definiram?
Recentemente o governador do Estado recebeu o Presidente Lula e, por certo, fez as honras da casa como anfitrião
Por Marcelo Oxley
Empresário
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O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) já viveu um dilema nas eleições passadas e até hoje não sabemos se o seu apoio foi para Lula (PT) ou Bolsonaro (PL). O que acreditamos de fato é que no Rio Grande do Sul teve o "amparo", no segundo turno, de Pretto (PT) que deu a Eduardo Leite (PSDB) o voto crítico e assim a reeleição.
Recentemente o governador do Estado recebeu o Presidente Lula e, por certo, fez as honras da casa como anfitrião. Porém, estendeu um tapete vermelho, sem medo e receio, para um homem que diz sentir orgulho ao ser chamado de comunista e que também acredita que a democracia é relativa. Agora imaginemos a cabeça de sua Ministra do Planejamento, Simone Tebet, que em entrevista deixou claro que a democracia é inegociável. Sugiro um churrasco para que se entendam.
Leite fez publicações sobre a visita presidencial em solo gaúcho estampando a palavra "democracia", mas de que democracia ele fala? Tenho plena convicção, pela inteligência que lhe é peculiar e visível, que sabe muito bem o conceito de comunismo. Esse doentio sistema não é nada agradável, uma vez que persegue na sua essência cristãos e homossexuais, como exemplos. Sem falar, é claro, das milhões de vidas que tirou em todos os cantos do planeta e da repressão imposta por onde anda. Estatísticas que precisaríamos estudar e entender quem são os seus apreciadores (não são poucos).
O Brasil atravessa tempos sombrios. Há perseguição a todos que supostamente tenham ou estejam afetando o "sistema" podre de governar o País. Dallagnol, Jovem Pan e Bolsonaro que o digam. Quem será o próximo? Moro? Nikolas? Renata Barreto? Lacombe? Você? Eu? Cuidado, não expresse sua opinião contrária pois pode ser decisiva para o seu futuro; censura!
Lula foi recebido de braços abertos, como um rei. Minha dúvida é se o nosso governador, ao menos, e democraticamente, o perguntou sobre o que fora escrito acima. Se o incomodou de alguma forma. Se ficou desconfortável com suas falas. Poderia aqui citar, inclusive, se o pelotense comentou sobre a Petrobras ter habilitado empresas como Odebrecht, Andrade Gutierrez e UTC para licitarem. Se não me falha a memória, estavam impedidas pela operação Lava Jato. Foi um ótimo momento para falar em democracia, doa a quem doesse.
Para as eleições de 2024, temos um importante nome que deverá disputar a majoritária em Pelotas. Daniel Trzeciak (PSDB), Deputado Federal, apresenta em suas redes sociais alguns pontos em que, corretamente, discorda do governo federal. Resta-me a dúvida: o nosso governador estará com ele até o fim? Ou o jogo de "centrão" se fará presente? Creio não ser o momento ideal de "birrinhas" internas do partido, tendo em vista que perder o comando desse solo é como dar um tiro no pé. Foi aqui que tudo começou. E digo-lhes de coração aberto: entre o governo lulista anti-democrático, comunista, repressor, censurador e com histórico corrupto, que sigamos com o PSDB, caso sua curva esteja direcionada à direita. Acreditem: se ficarem em cima do muro perderão!
Pelotas sempre teve força política. Em quantos momentos tivemos candidatos aparentemente sem expressão e, como num passe de mágica, chegaram ao seu objetivo? Anselmo Rodrigues e o próprio Eduardo Leite são provas concretas de que é possível. Então, há espaço para outros nomes, desde que tenham apoio incondicional de partidos que queiram o mesmo propósito. Contra a voz do povo o dinheiro não tem força e poder. É o eleitor que dará o veredito.
"Sentir orgulho de ser chamado de comunista e entender que a democracia é relativa" é como levarmos um soco do "amor" que venceu o ódio.
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